"Gostas de mim?" É uma pergunta que nos é colocada algumas vezes ao longo da vida. Não fui exceção e quando me questionaram assim de surpresa, respondi mecanicamente "não". Uma resposta curta e objetiva. No entanto, não pensada devidamente. Parece-me que para responder a uma pergunta destas, é necessário refletir sobre ela. Coisa que não fiz. Talvez por medo das conclusões a que por ventura chegaria. Talvez porque com aquele "não" conseguisse convencer tanto a pessoa que me questionara como eu.
Eu não sei se gosto de ti. Eu apenas gosto de falar contigo, brincar contigo, estar contigo. Gosto de apreciar tudo o que fazes e tudo o que não fazes mas gostarias de fazer. Gosto de conseguir ver mais além nesses teus intensos olhos que (me) cativam. Gostos do som da tua voz e gosto até de ouvir os teus dotes musicais, mesmo que não sejam os melhores. As tuas gargalhadas são o motivo de vários sorrisos meus. Irrito-me, riu e irrito-me novamente com o facto de seres estupidamente fofo. Mas até disso eu gosto! Sinto saudades tuas mesmo estando a teu lado e sinto uma mágoa crescendo dentro de mim sempre que relembro o porquê das coisas estarem assim...
Será que eu ainda não sei a resposta? Ou será que tenho receio de a encarar? Desde o início que respondera apenas em função da mente. O problema é quando analiso os factos e apercebo-me de que a resposta proveniente do músculo cardíaco é a fundamental, mais verdadeira e simultâneamente contrária à da mente.
angel *
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